12 de setembro de 2012

Açúcar demais dá mau humor e deixa o raciocínio lento


Obesidade e diabete — ao falarmos do impacto de abusos adocicados, é natural nos lembrarmos desses males. Acontece que, quando são criados laços fortes com duas enormes ameaças para a saúde, outras eventuais relações são muitas vezes ofuscadas. Ainda assim, o chileno Fernando Gomez-Pinilla, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, resolveu investigar um elo diferente: o de doses altas de açúcar com piripaques na massa cinzenta. "Já sabíamos que a substância interfere em mecanismos de saciedade no sistema nervoso central, disparando até compulsão alimentar. Por isso, decidimos estudar se ela também comprometeria o aprendizado e a memória", conta o neurocirurgião.

Para verificar a hipótese, Gomez-Pinilla ensinou ratos a encontrar a saída de um labirinto. Na sequência, ofereceu por seis semanas uma dieta rica em frutose, tipo de carboidrato simples presente nas frutas e em produtos industrializados por ser um adoçante forte e barato. E então, mesmo treinados, os animais tiveram dificuldade para vencer o desafio imposto pelos cientistas, sinal de que os circuitos dentro do crânio estavam sofrendo para trabalhar com tanta doçura. "A concentração de frutose utilizada foi bem elevada. Mas, se passarmos isso para seres humanos, é uma quantidade possível de ser atingida pela alimentação, principalmente ao considerarmos o crescente consumo do ingrediente no mundo", ressalta o autor do artigo. "Acho que chamamos a atenção para outro provável efeito do açúcar", arremata.

Além de observar o comportamento das cobaias, os pesquisadores analisaram a massa cinzenta delas para ver se havia algo de errado. A descoberta é que o envio de mensagens entre os neurônios realmente estava problemático. "Embora seja essencial confirmar isso em levantamentos futuros, faz sentido pensar que a ingestão de outros açúcares fora a frutose tenha o mesmo resultado, porque eles agem de maneira semelhante", afirma Ivan de Araújo, neurocientista brasileiro da Universidade Yale, nos Estados Unidos.

Uma das apostas dos experts para elucidar como esses carboidratos atrapalhariam o raciocínio recai sobre a insulina. "Enquanto no resto do organismo o hormônio está mais relacionado ao processo de colocar glicose dentro das células, no cérebro ele também é neurotrófico", analisa o neurologista e geriatra Matheus Roriz Cruz, coordenador do Ambulatório de Neurogeriatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Traduzindo: essa molécula, quando em níveis ideais, promove o bom funcionamento de várias regiões do encéfalo, e em especial o hipocampo, muito ligado à memória e ao aprendizado. E daí? Daí que, ao se empanturrar com chocolate, o pâncreas produz um monte de insulina — e tudo indica que esse excesso destrambelha de alguma maneira sua atuação normal na cabeça.

"Os mecanismos exatos ainda não estão claros, porém existe a teoria de que receptores específicos do hormônio localizados nas células nervosas fiquem desregulados sob essas condições. Com isso, a substância não exerce seu papel direito", analisa Gomez-Pinilla. De forma simplista, dá para dizer que é uma espécie de resistência à insulina acima do pescoço.

Outra explicação é que a glicose, quando em taxas estratosféricas, incita a fabricação dos temidos radicais livres. Por sua vez, essas partículas nocivas danificariam a membrana que reveste os neurônios, afetando sua capacidade de emitir impulsos elétricos, o que, na prática, culmina em uma mente pouco afiada.

Agora, será que se esbaldar por um período restrito com bolachas recheadas, sorvetes e afins já causaria toda essa confusão? "O tema é controverso, mas, segundo alguns poucos estudos experimentais, sim. Uma dieta desregrada por meses, associada ao sedentarismo, complicaria a cognição temporariamente", informa, cauteloso, Roriz Cruz. "O que se sabe mesmo é que a ingestão de muitos açúcares ao longo dos anos provoca diabete, uma enfermidade que aumenta o risco de demências", destaca o nutrólogo Nelson Lucif Júnior, da Associação Brasileira de Nutrologia, em Ribeirão Preto, no interior paulista (entenda mais sobre o elo lendo abaixo.

Contra-ataque nutritivo
Naquela pesquisa da Universidade da Califórnia, uma turma dos ratos que antes havia se entupido de refeições adocicadas depois recebeu um cardápio repleto de ômega-3, gordura encontrada em peixes de águas profundas. Acredite se quiser, os bichinhos voltaram a achar a saída do labirinto com facilidade. "Entre outras razões, esse ácido graxo constitui a membrana celular dos neurônios. Assim, atenua os efeitos dos radicais livres", declara Gomez-Pinilla.

Já as frutas, por contarem com bastante frutose, em uma primeira vista são quase como vilãs na história. "Só que, na mesa, o nutriente vem acompanhado de outras substâncias benéficas", diferencia a nutricionista Cynthia Antonaccio, diretora da Equilibrium Consultoria, na capital paulista. Entre eles, temos a vitamina C da laranja, as antocianinas do morango, o resveratrol da uva... Todos antioxidantes que neutralizam os radicais livres. Logo, o problema maior está em se encher de açúcar em si, esteja ele no brigadeiro caseiro ou em bebidas industrializadas.

A ideia não é banir o carboidrato das refeições. Até porque, dentro do limite, ele contribui para as atividades mentais. "Quando pouca glicose circula pelo corpo, há um impacto negativo sobre a cognição", reforça Lerário. Contudo, outras inúmeras opções alimentares que, pelo menos do ponto de vista fisiológico, são bem mais completas do que o pó branco também oferecem esse importante nutriente. "Mas nem ele está proibido, porque é uma fonte de prazer. Sempre digo às pessoas para o utilizarem onde realmente faça a diferença", ensina Cynthia. Em vez de adicioná-lo ao café ou para adoçar frutas, melhor esperar para se deliciar com aquele bolo de aniversário do amigo ou com a sobremesa feita pela sua mãe.

Atualmente, a recomendação é que não mais do que 10% das calorias diárias venham por meio de açúcar adicionado, embora, de novo, menos é sempre mais nesse contexto. Em uma dieta de 2 000 calorias, isso equivale a cerca de 50 gramas. Para não extrapolar, sempre fique de olho nos rótulos e, claro, atente ao que coloca em receitas de doces ou nas bebidas. Uma colher de chá cheia possui, em média, 5 gramas. Uma de sopa, 24. "Nessa conta não entram as frutas in natura, os cereais integrais e por aí vai", acrescenta Cynthia.

Ao manter suas taxas de glicose em ordem, você até melhoraria seu ânimo. "Em períodos de hipoglicemia, são ativados mecanismos de estresse. Ou seja, a pessoa fica irritada e ansiosa", adverte Araújo. Por outro lado, o excesso de açúcar no sangue também parece influenciar nesse quesito. Na Universidade Loyola, nos Estados Unidos, cientistas mediram frequentemente a glicemia de 23 mulheres por 72 horas ao mesmo tempo que as questionavam sobre seu estado de espírito. Observe o que os autores escreveram na conclusão do trabalho: "Grandes e bruscas variações nesse índice talvez estejam associadas a humores negativos". Nem precisamos falar que essas oscilações muitas vezes surgem quando colocamos guloseimas demais na boca.

"Mas devemos ressaltar que o levantamento foi realizado com voluntárias diabéticas. Não dá para saber se essa variação é resultado da alimentação ou da doença em si", contrapõe Roriz Cruz. Sem contar que o caminho poderia ser o inverso. As integrantes avaliadas, por estarem ansiosas ou mesmo deprimidas, comeriam mais besteiras e deixariam de tomar os remédios de forma adequada, o que geraria as mudanças vistas no sangue. De qualquer jeito, fica o alerta. O açúcar, de acordo com o dicionário Houaiss, pode ser brandura, suavidade e meiguice. Em largas quantidades, porém, transforma-se em algo enjoativo e até perigoso. Cabe a você defini-lo do melhor jeito para sua vida.

O diabete e a cuca
Se descontrolado, ele afeta a saúde mental O excesso de glicose no sangue, característica dessa enfermidade, degenera, aos poucos, veias e artérias. "Os vasos se estreitam, inclusive os que irrigam o cérebro", diz o endocrinologista Antonio Carlos Lerário, da Universidade de São Paulo. Aí, os neurônios morrem de fome, o que culmina em quadros demenciais. Isso sem contar que o diabete tipo 2 faz subir a concentração de insulina. "A enzima que a degrada também é responsável por quebrar a proteína beta-amiloide, precursora da doença de Alzheimer", diz o neurologista Matheus Cruz. Portanto, para regular os índices do hormônio, a enzima acabaria deixando intactas as moléculas deflagradoras do apagão das lembranças.

Água com açúcar acalma?
Talvez essa seja a receita caseira mais conhecida para apaziguar o nervosismo. "Em situações de estresse, há uma demanda por glicose. Ao satisfazê-la, realmente pode surgir a sensação de tranquilidade", explica Lucif Júnior. Só não vale usar a estratégia sempre. "Caso contrário, o corpo se acostuma com o aporte extra e o benefício se esvai", esclarece Ivan de Araújo.

Tipos de doçura
Cada um dos açúcares tem suas particularidades. Veja abaixo

1 - Frutose
Adoça como poucos. Por isso, faz sucesso estrondoso na indústria.
Onde está: frutas, mel, xarope de milho, bebidas industrializadas.

2 - Lactose
É composto de moléculas de glicose e sacarose. Muita gente tem dificuldade para digeri-lo.
Onde está: leite e seus derivados.

3 - Sacarose
Trata-se do resultado da união entre glicose e frutose.
Onde está: os açúcares refinado, mascavo e cristal são as principais fontes.

4 - Glicose
Conhecida por ser a partícula mais usada pelas células para obter energia. É um marcador para o diabete.
Onde está: frutas, açúcar de mesa.
Fonte: revista saúde editora abril.

Conheça os temperos que ajudam você a emagrecer


Se a dieta está lenta e sem graça, capriche no tempero. Há várias opções de ervas e especiarias que, além de deixar os pratos mais saborosos, agitam o metabolismo, aumentando a queima de gordura. Também combatem a inflamação no organismo diminuindo a resistência à perda de peso. Tem mais: quando você coloca essa turma no prato tende a usar menos sal, o que reduz a retenção de líquido - outro ponto a favor de um corpo enxuto. A nutricionista e fitoterapeuta Lucyanna Kalluf, autora do livro Fitoterapia Funcional, sugere pimenta- caiena, canela, anis-estrelado, cúrcuma, salsa e orégano. E orienta como usá-los para deixar o cardápio mais gostoso e você feliz com o resultado da dieta!,

1. Orégano

Tem o poder de estimular a produção de enzimas responsáveis pela digestão dos carboidratos (pão, batata, pizza...), além de funcionar como um tônico digestivo. Também é antioxidante e levemente diurético. Sugestão de uso: pode ser polvilhado em massa, molho, sopa... Também dá para acrescentar no suco (bata 1 col./chá de orégano com 1 copo/200 ml de melancia) ou fazer o chá (ferva 1 copo/200 ml de água e junte 1 col./café de orégano. Deixe descansar por 5 minutos e coe).

2. Pimenta-caiena

Supera a pimenta vermelha em capsaicina - substância que sacia, agita o metabolismo e melhora a circulação. Ou seja, a caiena reduz a fome, acelera a queima de calorias e ajuda a eliminar toxinas. Tem ação antioxidante e anti-inflamatória. Sugestões de uso: dilua 1/2 col. (café) de pimenta-caiena em pó em 1 col. (sopa) de azeite para temperar a salada. No suco, misture água de coco (200 ml), suco de 1 limão, 2 col. (chá) de mel e 1/2 col. (café) de caiena.

3. Anis-Estrelado

Mesmo comendo pouco, você sente o estômago pesado? Isso complica qualquer dieta, mas o anis pode ser um aliado. Com substâncias que estimulam as glândulas e a musculatura do tubo digestivo, ele aumenta a produção de saliva e os movimentos peristálticos, aliviando o peso no estômago. Sugestão de uso: prepare um chá com erva-doce, gengibre, camomila e hortelã. Coe e acrescente 1 anis-estrelado. Beba 15 minutos antes das refeições.

4. Salsa

Tem efeito diurético (especialmente na forma de chá), ajudando a reduzir a formação de gases e o inchaço abdominal. Ainda contém substâncias que favorecem a digestão, limpam o fígado e livram o organismo das toxinas. Sugestão de uso: suco desintoxicante feito com 1 xíc. de chá de hibiscus (use 2 col./chá da erva), 1 maçã pequena e 1 col. (sobremesa) de salsa picada. Bata no liquidificador e adoce com mel. Ou, simplesmente, polvilhe a salsa na omelete, na salada, na sopa...

5. Cúrcuma

Essa raiz (também conhecida como açafrão-da-terra) diminui a irrigação sanguínea no tecido adiposo, enfraquecendo a reserva de gordura. E, por ser rica em curcumina - pigmento amarelo-ouro com alto poder anti-inflamatório e antioxidante -, faz bem para a pele, protege o fígado, facilita a digestão das proteínas e regula o metabolismo. Sugestão de uso: polvilhe 1 col. (chá) de cúrcuma em pó na comida pronta ou dissolva-a em 1 col. (sopa) de azeite para temperar a salada

6. Canela

Capaz de amansar a fome, especialmente por doce, ajuda você consumir menos calorias ao longo do dia. Já as substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias da canela melhoram o metabolismo da gordura. Também reduz os níveis de insulina - hormônio que, em excesso, aumenta a gordura no abdômen. Sugestão de uso: faça uma 1 xíc. de chá de maçã com canela em pau e beba 15 minutos antes das refeições. No café da manhã, polvilhe 1 col. (café) de canela em pó no leite desnatado ou de soja.

Fonte :Revista Boa forma editora Abril.

Petiscos que aceleram o metabolismo


Experts em emagrecimento saudável indicam comidinhas perfeitas para os lanches entre as refeições. Eles enganam a fome, matam a vontade de comer doce e ajudam a queimar as gordurinhas!

Conhece aquela história de que fracionar o cardápio em cinco ou seis partes faz você consumir porções menores nas refeições principais? Continua valendo. Os picos de fome não dão as caras e o metabolismo se mantém num ritmo constante. Mas, se já é bom saber que para emagrecer é preciso comer, melhor ainda é a notícia de que certos alimentos têm propriedades emagrecedoras comprovadas cientifcamente. Para comemorar, que tal preparar agora mesmo uma deliciosa pipoca? Esse é um dos snacks que (oba!) estão ao seu lado na briga com a balança.

Estoura que eu gosto

No quesito fibras, o milho integral, que dá origem à pipoca, é imbatível. Larga na frente até mesmo de frutas e verduras, famosas por esbanjarem a substância. Um saco grande tem 4,5 gramas de fibras - a gente precisa de 20 a 30 gramas para que o intestino funcione direito e elimine gorduras e toxinas. Comparada com a pipoca caseira, feita só com um fozinho de óleo, a tradicional de microondas é bem mais calórica. Mas você pode optar pela light - 1 xícara de chá tem cerca de 42 calorias. Não é preciso dizer que a versão doce ou com manteiga deve ser banida se a ideia é reduzir medidas. "Por ser volumosa (demora mais tempo para ser devorada que um chocolate), a pipoca é uma boa opção para quem gosta de beliscar", diz Patricia Davidson, nutricionista do Rio de Janeiro. A guloseima oferece outra vantagem: contribui para adiar o envelhecimento, segundo estudo da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, Estados Unidos. "Rica em polifenóis, antioxidantes concentrados principalmente na casquinha, a pipoca neutraliza os danos dos radicais livres", conta Daniela Jobst, nutricionista de São Paulo. Para efeito de comparação, uma porção tem até 360 miligramas de polifenóis. Já a mesma quantidade de frutas apresenta 160 miligramas. Claro que nem por isso você deve trocar uma opção pela outra. Mesmo porque ainda não está comprovado quanto dos antioxidantes da pipoca o organismo é capaz de absorver.

Fruta enxuta


A maçã é campeã. Tanto a desidratada quanto a fresca estão cheias de pectina, uma fibra que dá saciedade. Um estudo americano da Universidade do Estado da Flórida feito com 160 mulheres mostrou que a versão seca emagrece mesmo. Os pesquisadores dividiram as voluntárias em dois grupos: um deles ingeriu 75 gramas de maçã seca durante um ano, enquanto o outro comeu a mesma quantidade de ameixa seca no mesmo período. Resultado: a primeira turma perdeu 1,5 quilo por mês, enquanto a segunda não eliminou nadinha. O que está por trás desse efeito espanta-gordura? É o que os pesquisadores pretendem descobrir na próxima etapa dos trabalhos. Segundo a nutricionista Patricia Davidson, a maçã seca concentra ainda mais fbras, vitaminas e minerais do que a fruta in natura. Também por isso (e por ser ótima fonte de carboidrato), sacia mais a fome e dá mais energia.

Azedinho bom


Dois potinhos de iogurte (desnatado, de preferência) por dia são aliados da cintura fina. "O alimento ajuda a equilibrar a fora intestinal, o que favorece a absorção dos nutrientes", explica Daniela Jobst. Esse efeito é ainda melhor no caso do iogurte probiótico, acompanhado de lactobacilos vivos. Fonte de proteína, essa opção de lanche dá saciedade e acelera o metabolismo - aspectos que também favorecem a perda de peso.


Crocante e magrinho


Assim como a pipoca, o biscoito de arroz integral tem volume. Mesmo consumindo um ou dois, você tem a sensação de ter comido muito mais. Isso se deve, em parte, ao alto teor de fbras que estimula a mastigação, além de saciar. Mais: "Elas são ricas em gama-orizanol, um composto bioativo com propriedades antioxidantes", completa Daniela Jobst. Sem falar no reduzido teor energético - a unidade pequena tem apenas 37 calorias. Outros pontos à favor: é livre de glúten, conservantes ou aromatizantes. De sabor neutro, pode ser consumido sozinho, com geleia diet ou queijo cremoso light.


Doce sem açúcar


Em vez de uma guloseima engordativa, adoce a boca com balinhas de colágeno. Elas têm a consistência parecida com as de goma, mas são menos calóricas. Enquanto um único desse tradicional confeito oferece 20 calorias, a de colágeno hidrolisado (sem açúcar, gordura e sódio) tem só 4. Como se fosse pouco, essas balinhas absorvem água assim que chegam ao estômago, ocupando espaço e aumentando a saciedade. E você sabe: o colágeno é uma proteína que ajuda a dar mais frmeza à pele.


Ela tem a força


Barra de proteína não falta na bolsa de quem malha e quer músculo. "Além de ajudar a aumentar a massa magra (importante para você manter o peso certo), a proteína diminui em 15% o consumo de calorias", informa a nutricionista Daniela Jobst. "Esse nutriente tem digestão lenta e, por isso, sacia a fome por mais tempo." Mas leia o rótulo para evitar as opções carregadas de substâncias químicas. "Prefira as barrinhas com menos açúcares, gorduras saturadas ou trans, sódio e outros ingredientes prejudiciais à saúde", orienta a nuticionista Patricia Davidson.


100% nacional


Como toda fruta oleaginosa, a brasileiríssima castanha-do-pará é calórica: a unidade (7 gramas) tem 35 calorias. Porém, é rica em ácidos graxos monoinsaturados (gorduras boas), que têm o dom de reorganizar os depósitos de gordura corporal, impedindo que a danada fque concentrada bem ali, na barriga. Digerida lentamente, a castanha ainda afasta a fome. E, por ser termogênica, acelera o metabolismo, além de oferecer selênio e vitamina E - amigos da pele jovens. Coma duas por dia.


Lanchinhos espertos

Aqui você encontra boas escolhas para suas necessidades e seu estilo de vida. As sugestões são das nutricionistas Cynthia Antonaccio e Priscila Rosa, da Equilibrium Consultoria em Saúde e Nutrição, em São Paulo

Para perder peso
Estas combinações não chegam a 200 calorias - uma boa medida para quem está na batalha para derreter as gordurinhas

• 1 potinho de iogurte natural desnatado com 1 colher (sopa) de geleia diet de morango = 110 cal
• 1/2 xícara (chá) de maçã seca + 1 copo (200 ml) de leite de soja zero = 120 cal
• 2 castanhas-do-pará + 1 garrafnha de iogurte light batido = 130 cal
• 1 barra de proteína pequena = 135 cal
• 4 cookies integrais pequenos + 5 balinhas de colágeno = 156 cal
• 3 xícaras (chá) de pipoca light + 1 copo (200 ml) de limonada diet = 174 cal
• 4 biscoitos de arroz pequenos + 1 xícara pequena de cappuccino light (com leite desnatado) = 198 cal

Para manter o peso
Se você atingiu a meta na balança, está liberada para os lanches com até 280 calorias

• 1 tigela (200 ml) de leite desnatado + 3/4 de xícara (chá) de cereal matinal integral + 1 colher (sobremesa) de uva-passa =  210 cal
• 1 barra de proteína média + 1 copo (300 ml) de suco à base de soja zero = 215 cal
• 1 potinho de iogurte natural desnatado + 3 damascos secos + 2 castanhas-do-pará = 240 cal
• 6 cookies integrais pequenos + 10 balinhas de colágeno = 244 cal
• 3 xícaras (chá) de pipoca + 1 copo (200 ml) de suco de fruta light = 252 cal
• 7 biscoitos de arroz pequenos + 1 xícara pequena de cappuccino light (com leite desnatado) = 280 cal

Fonte: Revista Boa Forma.

1 de setembro de 2012

Como acabar com a prisão de ventre


Bem da cabeça e da barriga

Quem nunca ficou sem apetite, com dor de barriga, gastrite, diarreia ou com intestino preso em decorrência de situações delicadas, como crise no namoro, entrevista para um novo emprego, stress no trabalho? "O aparelho digestivo, que vai da boca ao ânus, é o que mais sofre interferência da parte emocional", diz o gastroenterologista Carlos de Barros Mott. Isso ocorre porque há uma conexão entre os sistemas nervoso central e o entérico (localizado no intestino) - sim, esse órgão também produz uma rede imensa de neurônios, que se encarregam das funções digestivas. Apesar de independentes, os dois mecanismos trocam figurinhas. Quando estamos sob o efeito de emoções negativas, os neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas (movimento do intestino), podendo torná-las mais lentas, o que dificulta a eliminação das fezes, ou mais rápidas, causando uma diarreia. Procurar atividades que relaxam, ajudam a extravasar e espantar o stress - malhar é uma ótima opção - é a saída para equilibrar emoções e prisão de ventre. Busque alternativas para lidar melhor com os seus sentimentos e aflições, seja fazendo um passeio no parque, desabafando com uma amiga ou procurando um terapeuta. Guardar as coisas para si, remoer sozinha ou reprimir as sensações está longe de ser remédio para o intestino e para o coração.

Soluções práticas para o dia a dia

Quantas vezes deve-se ir ao banheiro?
O padrão de funcionamento de um intestino saudável varia muito: de três vezes por semana até três vezes ao dia. O importante é ficar atenta ao seu ritmo-padrão e à sua sensação de bem estar. Se houver alguma mudança, surgir dor, desconforto, fezes mais ressecadas ou sangramento, procure um especialista. O mesmo vale se você tiver um emagrecimento inexplicável.

Que alimentos são campeões em prevenir o problema?
Verduras, legumes, frutas e cereais integrais (aveia, granola, pão e massa integrais etc.). Ricos em fibras, eles ajudam a aumentar o bolo fecal e a diminuir o tempo de trânsito intestinal. "Vale incluir no cardápio mamão ou laranja com bagaço (frutas mais laxantes) com farinha de linhaça", diz a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, do Rio de Janeiro. No almoço e no jantar, coma sempre uma porção de verduras e de legumes, e consuma frutas em dois momentos do dia (como café da manhã e lanche).

Quanta fibra preciso ingerir?
De 20 a 30 gramas por dia. Esse número é bem superior ao que normalmente consumimos - a dieta ocidental tem, em média, de 5 a 10 gramas. Por isso, é preciso introduzir mais alimentos fibrosos no cardápio (veja tabela a seguir), porém, gradualmente. Caso contrário, pode provocar gases e distensão abdominal, deixando a barriga estufada.

Beber água é importante?
Sim, é fundamental, já que 80% das fezes é composta de água. O líquido hidrata o bolo fecal, evitando que ele fique ressecado, ajuda o intestino a digerir as fibras e, assim, facilita o trânsito intestinal. Recomenda-se ingerir um total de 2 litros por dia de água e suco sem adição de açúcar. Bebidas com cafeína (presente no mate, chá verde, café, refrigerantes à base de cola) e álcool, só com moderação - elas desidratam as fezes e também deixam o intestino com menor motilidade.

É verdade que os iogurtes são úteis para esses casos?
Sim. Eles e os leites fermentados podem ajudar, desde que contenham probióticos (bactérias do bem) e sejam consumidos regularmente. "Estudos mostram que os probióticos facilitam o trânsito intestinal", afirma a nutricionista Patricia. Como nem todos os produtos lácteos contêm probióticos, leia atentamente os rótulos para não comprar gato por lebre.

O que tem que ser evitado à mesa?
Produtos refinados, pois são pobres em fibras, fermentam e produzem gases. Açúcar também - ele colabora para o aumento de microrganismos nada benéficos, como fungos e bactérias nocivas. Já as proteínas animais (como carne e queijo) devem entrar com moderação. Além de terem baixo teor de fibras, elas acidificam o pH do intestino, dificultando o funcionamento dele. Alimentos gordurosos, com poucas fibras e muitas calorias, fazem o mesmo e os muito apimentados irritam a mucosa intestinal - tenha cautela!

Posso recorrer aos laxantes?
Tome medicamentos somente sob orientação médica. A maioria deles destrava na marra o intestino, irritando o órgão e agravando o problema. Eles podem, ainda, condicionar o organismo e, a longo prazo, param de fazer efeito. Porém, um suco natural laxativo com ameixa dá uma força: deixe 4 ameixas em 1/2 copo de água à noite. No dia seguinte, coloque as frutas e a água no liquidificador, junte 1 laranja sem casca cortada em quatro e 1 colher (sopa) de farelo de trigo. Bata bem antes de beber.

Malhação contribui?
Sim. A atividade física, principalmente aeróbica (caminhada, corrida, natação, bicicleta etc.), estimula o movimento peristáltico (do intestino), que expulsa o bolo fecal. O ideal é praticar todo dia, por meia hora. Caso não seja possível, faça, pelo menos, três vezes por semana.

Qual o perigo de segurar a vontade de ir ao banheiro?
As fezes voltam ao intestino e ficam mais ressecadas e volumosas, criando maior dificuldade na evacuação. Quando esse comportamento se torna repetitivo, o organismo se adapta a um bolo fecal maior e passa a não mandar o sinal para ir ao banheiro. Com a mudança na alimentação, uso de probióticos, ingestão adequada de líquidos e aumento de exercício aeróbico, a tendência é que a atividade do intestino melhore muito. "Caso, ainda assim, a vontade não apareça, recomenda-se fazer uma tentativa sempre num mesmo horário e esperar um pouco", diz Luciana Lobato, gastroenterologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Essa espera, porém, não deve ser longa - até uns dez minutos. Mais do que isso, favorece o aparecimento de hemorroidas.

Os campeões em fibras

Lentilha cozida (1/2 concha): 5,8 g de fibras
Maçã com casca (1 unidade média): 3,5 g de fibras
Uva-passa (2 col. de sopa): 3 g de fibras
Amêndoa torrada (1/2 xíc. de chá): 2,8 g de fibras
Laranja (1 unidade média): 2,6 g de fibras
Grão-de-bico (1/2 xíc. de chá): 2,6 g de fibras
Pera (1 unidade média): 2,5 g de fibras
Figo seco (4 unidades): 2,4 g de fibras
Abóbora cozida (1 pires de chá): 2,2 g de fibras
Mandioca cozida (1/2 xíc. de chá): 2,2 g de fibras
Macarrão integral (1 prato raso): 2,2 g de fibras
Acelga cozida (1 pires de chá): 2 g de fibras
Ervilha seca (1/2 xíc. de chá): 2 g de fibras
Farinha de aveia crua (2 col. de sopa): 2 g de fibras
Milho verde enlatado (1/2 xíc. de chá): 2 g de fibras
Pipoca (1 xíc. de chá): 2 g de fibras
Aveia em flocos (2 col. de sopa): 1,9 g de fibras
Pão integral de centeio (1 fatia): 1,8 g de fibras
Arroz integral cozido (1/2 xíc. de chá): 1,7 g de fibras
Farinha de soja (2 col. de sopa): 1,6 g de fibras
Brócolis cozido (3 ramos): 1,5 g de fibras
Farelo de aveia (2 col. de sopa): 1,4 g de fibras
Cenoura cozida (1 unidade): 1,2 g de fibras
Inhame cozido (1 unidade): 1,2 g de fibras
Chicória/escarola cozida (1 xíc. de chá): 1 g de fibras
Couve cozida (1/2 xíc. de chá): 1 g de fibras
Couve-flor cozida (3 col. sopa): 1 g de fibras
Tomate cru (1 unidade média): 1 g de fibras

 
Fonte: boaforma.abril