5 de novembro de 2011

Quem se movimenta é muito mais feliz

A liberação de substâncias químicas durante a atividade física ajuda a reduzir o estresse e aliviar a ansiedade


Seis horas da manhã. O despertador toca e você tem vontade de arremessá- lo pela janela. Ou, então, de virar para o lado e continuar a dormir. Mas, após alguns minutos de relutância, resolve se levantar da cama e fazer a sua caminhada matinal. "A parte mais difícil do exercício físico é sempre começar. Depois que começa, ninguém mais quer parar", constata o professor de Educação Física Nuno Cobra, preparador físico, entre outros, de Rubens Barrichello.

Mas ninguém precisa ser piloto de Fórmula 1 para saber que a prática regular de exercício físico traz benefícios para a saúde. Combate a obesidade, alivia o estresse, aumenta a resistência, melhora o humor, fortalece os ossos... Melhora o humor? Mas como? "A prática de exercícios físicos aumenta o nível de neurotransmissores, como a noradrenalina, a serotonina e a dopamina, que produzem uma sensação de relaxamento e bem-estar no indivíduo", explica o neurofisiologista Ricardo Mario Arida, da Unifesp.

Segundo os médicos, assim que o indivíduo começa a praticar um exercício físico, o sistema nervoso central já libera, na corrente sanguínea, substâncias que ajudam a acabar com o mau humor de qualquer um. A certa altura, essa produção atinge um determinado patamar, que torna a sensação de relaxamento e bem-estar perceptível. O melhor de tudo é que essa sensação prazerosa tende a permanecer mesmo depois de terminado o exercício.


Abaixo a depressão!
Um detalhe curioso, segundo o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), é que a serotonina, uma das substâncias produzidas pelo sistema nervoso, "faz parte do mecanismo de ação de diversos medicamentos antidepressivos". "A falta desse neurotransmissor é uma das principais causas da depressão", completa o biomédico Maurício de Mello Martinho, do Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício (CEFE).

Por essa razão, a prática regular de exercícios físicos - pelo menos 30 minutos por dia, cinco dias por semana - costuma ser indicada para portadores de ansiedade e depressão. "A prática regular de exercícios físicos está associada à melhora de diversas funções cognitivas, como memória e raciocínio, além de atuar também como um excelente ansiolítico e antidepressivo", observa o cardiologista José Lazzoli.

Mas, para os exercícios físicos surtirem o efeito desejado em pacientes ansiosos ou deprimidos, a série não pode ser das mais puxadas. "O recomendável é que o exercício seja difícil, mas não impossível de ser executado. Você nunca vai tirar um indivíduo da depressão se propuser uma série que ele jamais conseguirá cumprir. Em vez de melhorar a situação, você vai agravar o quadro depressivo do paciente", pondera Nuno Cobra.

Efeito anestésico
Das muitas substâncias produzidas pelo corpo durante os exercícios físicos, uma chama a atenção em especial: a endorfina. Ao contrário das demais, ela promove alívio das dores após uma determinada carga de exercícios. Não por acaso, a palavra é uma junção de "endo" e "morfina". Ou seja, a endorfina costuma ser descrita, por alguns especialistas, como uma espécie de "analgésico natural" já presente no corpo humano.

Mas não são todos os exercícios físicos que provocam no indivíduo aquela indescritível sensação de relaxamento e bem-estar. "Os predominantemente aeróbicos são os mais eficientes nesses casos", assegura o fisiologista Raul Santo de Oliveira, também da Unifesp. Entre os "predominantemente aeróbicos", ele cita três mais comuns: caminhada, corrida e natação. Mas enfatiza: "O melhor esporte que existe é aquele que o indivíduo pratica por prazer. "

Por isso mesmo, nada de obrigar um sujeito que gosta de canoagem a fazer judô. Ou que adora tênis a praticar hipismo. "Algumas pessoas preferem esportes individuais. Outras, coletivos. Alguns, esportes terrestres. Outros, aquáticos. O segredo é adequar as exigências (físicas e psíquicas) do esporte ao nível das capacidades (físicas e psicológicas) do atleta", ensina Renato Miranda, especialista em Psicologia do Esporte pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). "Por fim, para saber se um esporte terá consequências positivas no humor de um indivíduo, basta seguir o provérbio: 'identifique-se com tudo o que você ama e preencha com isso a sua vida'", diz.

O "humorômetro" da atividade física
Para aproveitar da melhora no humor, não é preciso ficar horas a fio na academia. Veja quais atividades cotidianas já garantem o máximo de satisfação e bem-estar.
Fazer compras no supermercado
Praticar jardinagem
Levar o cachorro para passear
Descer e subir as escadas do prédio, em dias de chuva
Caminhar pelo shopping em ritmo acelerado
Fazer bicicleta ergométrica em casa
Matricular-se em curso de dança de salão
Caminhar na praça próxima de casa e fazer novas amizades
Jogar futebol com os amigos
Passear de bicicleta com a família

5 dicas para melhorar a forma física
1. Mais importante do que escolher o exercício certo é praticá-lo na intensidade adequada. Exercício físico em excesso pode ser tão (ou mais) prejudicial à saúde quanto a falta dele.
2. Procure começar bem devagar e vá aumentando, gradualmente, o seu nível de esforço. Exercite-se até ficar ligeiramente ofegante, mas, em hipótese nenhuma, completamente sem fôlego.
3. Tente classificar a intensidade de seu exercício físico numa escala de zero a dez. Nela, o zero será atribuído ao repouso e o dez, à exaustão. O ideal é que a sua intensidade fique entre seis e sete.
4. Aumente em cerca de 10% o tempo ou a distância que você percorre por semana. Caso sinta desconforto, reconsidere a primeira meta estipulada até melhorar a sua resistência física.
5. Para aumentar o seu rendimento, procure praticar mais de um tipo de exercício físico. Variar entre modalidades esportivas melhora os resultados tanto anatômicos quanto fisiológicos.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/


A influência da Linha do Tempo nas dermatoses

A mente é uma entidade sobre a qual se fala sem se saber o que é. Diz-se daquele lugar onde se produzem os pensamentos, mas até hoje ninguém determinou precisamente se encontra-se no cérebro ou se está fora do cérebro, sendo este apenas a estação de processamento físico dos pensamentos no corpo.

Ainda que não se saiba sua natureza exata, tem-se como certo que a mente tem duas partes: aquela que está no foco do momento presente e a que só aparece quando evocada. A primeira é a mente consciente e a segunda, a mente não consciente ou, respectivamente, Consciente e Inconsciente.

A mente consciente é limitada, pois o cérebro só consegue processar até sete informações simultaneamente e se fixa no que é mais importante para o momento presente. Tudo o que não é prioridade é tirado do campo da consciência e permanece no Inconsciente. Este é formado das memórias de tudo o que já foi vivido e experimentado pelos cinco sentidos e pelo que foi sentido e percebido pelo indivíduo. Nada desaparece da mente, tanto que, por associação de idéias ou por simples imaginação, ressurgem no campo consciente fatos que havia décadas não eram lembrados.

O inconsciente

O Inconsciente ocupa toda a mente, exceto a mínima fração que está mantida no foco consciente. E dirige toda a vida das pessoas por meio de crenças, que foram formadas ao longo das experiências vividas. Tanto é assim que a grande maioria das ações realizadas durante as 24 horas de cada dia é inconsciente. Ninguém precisa pensar em cada movimento que vai fazer nem em cada músculo que vai contrair ou descontrair nem em que nível de pressão arterial vai manter para escrever, pentear-se, vestir-se, escovar os dentes, tomar banho, alimentar-se, dirigir automóvel, mergulhar numa piscina, digitar um texto e tudo o mais que constitui sua atividade de cada dia. Assim também a maioria das reações que adotamos é regida por conceitos dos quais não nos damos conta nem precisamos revisar antes que gerem uma atitude.

O Inconsciente tem múltiplas funções: armazena e organiza memórias, resgata memórias para racionalização, garante a sobrevivência do indivíduo por meio de reações instintivas, constrói hábitos, busca continuamente coisas novas e inúmeras outras. Ele controla todas as funções corporais de metabolismo, divisão celular, refazimento de tecidos, compensação de falhas, etc., sem necessitar de comando, numa ação que revela a presença de uma inteligência altamente diferenciada.

A função de exclusão faz com que memórias desprazerosas e que causam mal-estar sejam excluídas das lembranças. Não desaparecem da mente, porém. Essas memórias geram tensão encoberta, que não é percebida conscientemente pela pessoa. Reprimidas e acumuladas, terminam criando desequilíbrios atômicos e elétricos, que vão manifestar-se como um distúrbio do funcionamento das moléculas, das células, dos tecidos e finalmente dos órgãos.

Doenças da pele influenciadas pelo inconsciente

Certas doenças da pele são claramente influenciadas por memórias inconscientes, que criam estresse. O paciente só se dá conta de que, ao ficar ansioso ou tenso, o problema se manifesta ou se agrava. Entre essas doenças contam-se o suor excessivo nas axilas, mãos e pés (hiperidrose), urticária crônica, prurido generalizado, pelada (alopecia areata), escoriações compulsivas, arrancamento de cabelos (tricotilomania), mordedura da pele dos lábios (queilofagia) ou da pele dos dedos (cutisfagia), roeção de unhas (onicofagia), neurodermite, psoríase, dermatite seborréica, dermatite atópica, aftose, vitiligo e outras.

Hoje, tem-se como certo que todas as doenças são influenciadas pelo estresse, que se forma no Inconsciente com base em crenças das quais o indivíduo não se dá conta.

Muitos pacientes chegam a uma conclusão acerca do que pode ter dado origem a sua dermatose e citam fatos que surgiram de memórias antigas ou mesmo recentes, que não pareciam ter relação com o doença. Como não há como medir ou comprovar materialmente essa conexão, os médicos tendem a não os levar em consideração.

A influência da Linha do Tempo nas dermatoses

Existe um recurso muito potente, que faz parte das técnicas da Programação Neurolingüística e que foi especialmente desenvolvido pelo terapeuta Tad James e formou uma linha terapêutica chamada Terapia da Linha do Tempo (TLT); tem boa aplicação na Dermatologia e pode interferir poderosamente na evolução de certas dermatoses na medida que transforma uma carga emocional negativa, ligada ao fato essencial, em aprendizado e carga motivacional.

Isso produz uma reprogramação mental e, assim, elimina o fator inconsciente mais profundamente ligado ao quadro atual. Consiste em levar o paciente a buscar a causa-raiz do distúrbio que o afeta na Linha do Tempo, que vem a ser a organização espacial das memórias.

Todas as pessoas têm uma disposição das memórias, que lhes permite saber que um fato ocorreu antes de outro e após outro. E, ao falar deles ou neles pensar, têm a impressão de que vêm de algum lugar próximo a elas. Ligando todos os fatos do passado ao momento presente e aos fatos futuros têm-se uma linha na qual estão dispostos todos os eventos da sua vida.

Imaginariamente, a pessoa pode deslocar-se sobre essa linha para o passado ou para o futuro. Logicamente, ela não sabe de onde veio o problema, mas o Inconsciente, que tem todas as memórias arquivadas, leva a imaginação a encontrar fatos antigos ou recentes, que possam ser a origem das tensões agravantes do quadro atual. E por que se vai buscar no Inconsciente uma ajuda para um problema físico? Porque é lá que estão todas as informações sobre saúde: funcionamento dos órgãos autônomos, reequilíbrio das células, regeneração dos tecidos e mecanismos de cura espontânea.

Parece que existe, no organismo, um arquivo de soluções para os problemas que surgem, de modo que a grande maioria de distúrbios é curada sem intervenção interna. É como se cada célula tivesse uma inteligência própria, formando todas elas juntas um sistema natural de cura. Dele o indivíduo não tem consciência e a ele só se tem acesso, se a Mente Consciente for acalmada e silenciada. Por isso, na Linha do Tempo o paciente é levado a imaginar como se soubesse onde está a origem do distúrbio. Quando ele imagina que sabe, as memórias surgem com facilidade, pois o Consciente foi temporariamente alijado.

Fonte: Dermatologia.net

O que a mente tem a ver com a pele

A mente é algo sobre o que todas as pessoas falam, mas ninguém sabe o que é. Existem pesquisadores que acreditam que a mente é um produto do cérebro e buscam encontrar sua sede nesse órgão. Outros acham que a mente existe antes do cérebro, sendo a programadora do que se passa nele. Ambas as correntes de pensamento têm provas razoavelmente convincentes do que afirmam.

Seja o que for, a mente é onde se produzem os pensamentos. A partir deles, desencadeia-se uma série de fenômenos físicos através do cérebro, que é o local de reconhecimento de todos os fatos que se passam no organismo.

Origem embriológica

A pele e o sistema nervoso, do qual o cérebro é o órgão central, têm a mesma origem durante a formação do embrião. Ambos derivam do ectoderma, o folheto externo do embrião, que, na sua evolução, dobra-se sobre si mesmo formando um tubo, chamado tubo neural. A parte que fica por fora vai formar a pele e a parte interna vai desenvolver o sistema nervoso.

Portanto, desde o início, a pele está em ligação direta com o sistema nervoso, enviando-lhe constantemente informações sobre o meio externo.

Comunicação pele-sistema nervoso

Do cérebro e da medula espinhal partem nervos, que se ramificam como os galhos de uma árvore e se dirigem a todos os pontos do organismo, incluindo a pele. Na pele, filetes nervosos chegam à derme (segunda camada da pele), aos vasos e à camada mais superficial, a epiderme.

As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas, chamadas neuropeptídios, que levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele.

Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.

A comunicação entre mente, sistema nervoso e pele é constante e imediata, provocando alterações muito sutis, na maioria das vezes invisíveis e não percebidas pelas pessoas, como as alterações na produção do suor.

Fonte: Dermatologia.net

O estresse como indutor do câncer de pele

Cada vez mais acumulam-se as evidências da influência deletéria do estresse sobre o funcionamento de todos os setores do organismo. Pesquisadores nas mais diversas áreas dedicam-se à busca das comprovações científicas dessa interrelação para convencer-se e convencer aqueles que insistem no antigo modelo de ser humano exclusivamente como uma máquina.

Apesar de nenhuma pessoa ser destituída de pensamentos, emoções e sentimentos, esses resistentes, apegados a um paradigma superado, teimam em desconsiderar esses aspectos como integrantes de um sistema corpo-mente já sobejamente demonstrado pelas pesquisas em psiconeuroimunologia.

A observação atenta do que as pessoas contam com relação às doenças mostra que as facetas não físicas estão presentes em todos os estados doentios e, do mesmo modo, no estado de saúde. A tal ponto que é difícil acreditar que algum distúrbio seja exclusivamente restrito à esfera corporal. Mesmo porque a maior parte da atividade mental é inconsciente e ninguém se dá conta de todos os pensamentos que podem ter antecedido alguma alteração orgânica.

Doenças psicocutâneas

Muitas doenças da pele são hoje reconhecidas como psicocutâneas, ou seja, resultam de uma interação entre mente e pele. Algumas surgem por fenômenos primariamente mentais e cerebrais, outras envolvem a mente como conseqüência do prejuízo estético ou do mal-estar que causam.

Grande número de pesquisadores busca desvendar os caminhos que o estresse físico e mental segue para dar origem a distúrbios na pele. Entre eles o mais grave é o câncer cutâneo, expressão de um desequilíbrio tão intenso que era difícil acreditar que a mente tivesse o poder de desorganizar a tal ponto as estruturas da pele .

Experiência

Trabalho convincente foi realizado pelo Dr. Francisco Tausk, dermatologista argentino, que desenvolve suas pesquisas no departamento de Dermatologia da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, EUA.

Para observar o papel do estresse na facilitação do progresso do câncer, o pesquisador colocou 40 ratos em condição de estresse físico num tubo cônico, ventilado, por 60 minutos, em compartimentos separados, nos quais havia, como elemento de estresse psicológico, o odor da urina da raposa, que é predadora dos ratos. Isso gerava temor nos ratos de que seu inimigo estivesse por perto e eles corressem o risco de ser atacados. Outros 40 ratos formaram um grupo de controle, que foi mantido separado sem a percepção do odor da raposa.

Todos os ratos foram expostos à radiação ultravioleta B três vezes por semana. Após 21 semanas do início da exposição, 35% dos ratos estressados tinham pelo menos um tumor na pele e somente 7% dos ratos do grupo de controle. Este resultado indica forte aceleração no desenvolvimento de tumores entre os ratos submetidos a estresse.

No estudo microscópico dos tumores, Tausk, que publicou o trabalho em dezembro de 2004 no Journal of the American Academy of Dermatology, concluiu que os estressores psicossociais desempenham papel significativo na função da pele por meio de efeitos sobre a circulação, sobre as células inflamatórias locais e as células apresentadoras de antígeno e sobre a pigmentação, além da perda de água transepidérmica e perturbação no mecanismo de reparo do DNA, diminuição da citólise de células transformadas ou alteração do reconhecimento de células mutantes pelo sistema imunitário. Por meio desses efeitos, os estressores funcionam como facilitadores da instalação de câncer na pele.

Confirmação

Esse trabalho confirma o que pesquisas anteriores já haviam descoberto: o estresse é um fator de perturbação do equilíbrio orgânico e atua diminuindo drasticamente o rendimento do sistema imunitário e, através dele, a capacidade de funcionamento de todos os tecidos.

Também age no núcleo das células por meio dos mensageiros químicos, modificando a estrutura do RNA mensageiro, o que pode dar origem a uma linhagem de células anormais. Seu papel sobre a pele é de facilitação da capacidade cancerígena dos raios ultravioleta e de intensificação do desenvolvimento de tumores.

Fonte: Dermatologia.net

Como as doenças da pele provocam o estresse

É de conhecimento geral que qualquer tipo de incômodo no organismo causa tensão. Não é preciso nem que seja uma doença. Basta um cílio que tenha caído no olho para criar inquietude. Sempre que o organismo sai do seu estado normal há algum tipo de tensão. Esta, por mínima que seja, altera o estado interno. Situações comuns, como um simples resfriado, uma conjuntivite, uma inchação no tornozelo, uma azia são distúrbios que provocam mal-estar e impaciência. E todas as vezes que a pessoa não está se sentindo tranqüila, despreocupada e relaxada ela está sofrendo algum grau de estresse.

Quando o problema se localiza na pele, a questão se agrava, porque influi na autoimagem e, conseqüentemente, na autoestima. Juntam-se, então, dois fatores: os sintomas e a apresentação pessoal. Em certos casos, doenças ou alterações na pele geram uma dose extraordinária de estresse pelas imagens mentais e pelo diálogo interno que o indivíduo cria.

Isso se torna óbvio, quando se observa o grande atrativo em que se constituem os procedimentos cosméticos. As mulheres e, atualmente, os homens também, estão seguindo este caminho, buscam esteticistas e cirurgiões plásticos para cuidados no embelezamento da pele, porque isto melhora sua autoestima na medida em que vêem sua imagem mais bonita. A conseqüência é bem-estar e energia. Assim, as técnicas de rejuvenescimento e de melhoramento do estado da pele funcionam como ótimas terapias de redução do estresse.

Como as doenças da pele criam estresse

Em primeiro lugar, uma mudança na condição normal da pele faz com que a pessoa se veja diferente do que normalmente se vê. Há um abalo na imagem própria que ela construiu a vida toda. Na sua mente, ela passa a ser outra pessoa e ela prevê a surpresa ou a estranheza que as pessoas de suas relações vão ter, quando a virem.

Isso não é destituído de fundamento. A tensão se origina, porém, de falha na estrutura da autoestima, porque a pessoa se vê apenas como seu corpo. Se ela entender que o corpo é um veículo passageiro de algo permanente, que se aperfeiçoa com todas as experiências que passa, os eventos materiais terão menos impacto ou serão considerados oportunidades de aprendizado. Isso depende da filosofia de vida e do sistema de crenças de cada um. Raras são as pessoas que assim entendem a vida, de modo que sempre existe alguma falha na autoestima, que dá lugar a níveis diversos de tensão pelas alterações da pele.

Muitas vezes, a condição da pele desencadeia preocupações pelo rumo que vai tomar. Isso depende basicamente do tipo de diálogos internos que a pessoa costuma cultivar. O natural é pensar que a alteração modifica a aparência, que pode agravar-se ou ser algo sério, pensar no que deve ser feito e agir imediatamente.

Entretanto, grande parte das pessoas age de modo diferente. Costuma pensar no pior, dizer para si mesma que aquilo é algo grave, que os outros vão rejeitá-la, que ela vai perder oportunidades sociais ou de trabalho, que aquilo vai prejudicar sua vida e mais quantas outras coisas ela puder inventar. E ação, que é o que vai resolver o caso, ela não consegue pôr em prática, porque as imagens catastróficas lhe tomam o tempo e a agitam de tal modo que não consegue tomar uma atitude para resolver o problema. A pessoa fica presa a ele e não se move em direção à solução.

Outro elemento gerador de estresse, que acompanha as dermatoses, é a indiscrição dos outros. Poucas pessoas são tão compreensivas a ponto de deixarem de perguntar o que a outra tem na pele. Muitas, até, acham que perguntar é uma maneira de se mostrar solidária e de participar da aflição ou do sofrimento daquela que tem uma alteração.

O problema surge, quando a que tem a doença de pele acha que é obrigada a responder às perguntas que lhe são feitas, porque vai falar sobre algo que a está incomodando para uma pessoa que não vai resolver a situação e vai só fazer comentários capazes de piorar seu desagrado. Se ela entender, porém, que não precisa responder às perguntas e responder com outra pergunta, certamente deixará de acrescentar mais estresse ao seu organismo e poderá até se divertir com a surpresa causada no indiscreto.

Fonte: Dermatologia.net